domingo, 15 de março de 2009

O Templo foi violado

Como já tinha avisado, o jogo não eram favas contadas.
O Vitória venceu na Catedral por uma bola a zero.
O golo foi obtido ao minuto 66, numa jogada de contra-ataque rápido, bem desenvolvido e com conclusão fria por parte de Roberto.
O Vitória desde o inicio do encontro, privilegiou o preenchimento da zona central do terreno, numa tentativa de controlar a circulação de bola por parte dos jogadores do Benfica.
Na primeira parte do encontro, o Glorioso dominou em todos os aspectos do jogo, ainda que sem criar oportunidades de golo. Incidiu o seu jogo pelas alas, onde Reyes e Di Maria assumiram as despesas, este último sempre bem apoiado por David Luiz (grande exibição).
Ao longo dos primeiros 45’ de referir apenas três situações de perigo junto das duas balizas. Primeiro por Desmarets, com um remate forte e colocada à entrada da área, a obrigar Moreira a aplicar-se a fundo.
Reyes, de muito longe remata forte e junto ao poste, obrigando Nilson a arrojar-se ao solo para segurar a bola.
Quase a terminar a primeira parte, foi Aimar quem apareceu a rematar à entrada da área, mas a bola saiu muito ao lado da baliza.
No segundo tempo, o Vitória apareceu mais forte e controlou a posse de bola durante os primeiros 15’, não deixando os jogadores do Benfica pegar no jogo.
A primeira oportunidade de golo, surgiu só ao minuto 64 por Katsouranis, mas a bola é ligeiramente desviada por um defesa e assim o remate sai sem a direcção pretendida pelo Grego. Praticamente na resposta, o Vitória ganha uma bola a meio campo, Marquinhos ganha terreno e serve Roberto, este, com muita calma atira cruzado fora do alcance de Moreira. Muito boa a saída para o contra-ataque por parte de Marquinhos, provocando o desequilíbrio na defesa encarnada.
O Benfica tentou reagir de imediato, e Nuno Gomes teve uma excelente oportunidade de igualar a partida passados dois minutos. David Luiz cruza da esquerda e aparece Nuno, solto na pequena área a cabecear para baixo, mas Nilson faz uma grande defesa para canto, e assim evita o golo encarnado.
Já nos últimos 10’ do encontro, Miguel Vítor, num cabeceamento, sequência de um lance de bola parada, permite ao guardião vitoriano mais uma boa intervenção.
Logo de seguida, Reyes tem uma boa combinação com Nuno Gomes e remata forte, mas a bola saiu ao lado da baliza do Vitória.
Nuno Gomes aproveita uma bola que sobra dos pés de Aimar e remata para defesa segura de Nilson, no entanto o avançado estava em posição irregular.
Após jogada de envolvimento, Urreta desmarca Balboa que, na cara do guarda-redes contrário, não consegue dar a melhor direcção ao esférico e atira às malhas laterais.
Quase a terminar, David Luiz surge à entrada da área, descaído sobre a esquerda e tenta o remate, no entanto a bola saiu muito por cima da baliza.
Assim, o Glorioso perdeu pela primeira vez esta época na Catedral, e logo frente a um adversário que tinha vencido por quatro ocasiões na presente temporada.
Perante a incapacidade de criar situações de golo iminente, Quique não me pareceu ter tomado as melhores decisões. Substituir Cardozo por Nuno Gomese Di Maria por Urreta, não provocou qualquer mudança no esquema táctico. Na minha análise, devia ter apostado em manter Cardozo, retirando um dos médios mais defensivos (Yebda) ou então um dos laterais (Maxi Pereira).
De referir ainda, a lesão de David Luiz mesmo no final do encontro, situação que esperamos não seja grave e permita um regresso ao trabalho, a tempo de defrontar os Lagartos na final da Taça da Liga.
O resultado final, na minha opinião, é injusto, o mais certo era o empate. Mas o que conta são os golos marcados, e aí o Vitória foi melhor…conseguiu marcar ao passo que o Benfica não.
Espero que os Vitorianos continuem nesta toada de vitória, iniciada na jornada anterior frente ao Belenenses, e vençam já o próximo desafio para o campeonato.

PS: Parabéns Carlos, tinhas razão no teu comentário. Ao contrário de ti, vi e não gostei… :(

1 comentário:

Vimaranes disse...

Quando uma equipa com menos recursos dá um valente banho táctico a uma equipa com tantas estrelas ainda mais fora de casa, sendo inteligente, paciente e tacticamente quase perfeita, creio que o resultado é, quanto a mim, justo.
O jogo foi pobre, mas teria o Benfica bem mais obrigações de o tornar melhor. Quique é um treinador que não sabe mexer e Cajuda desta vez não inventou. Um triunfo que ao Vitória pode acrescentar pouco mas que, estou certo, tirou a hipótese do título ao Benfica, caso o Porto cumpra diante da Naval.
Abraço.